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Chuva de Primavera.

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Chuva de Primavera. Empty Chuva de Primavera.

Mensagem  Satoru Alice Qua maio 12, 2010 2:22 pm

Capitulo 1


A minha vida sempre se resumiu a remédios consultas no medico e um monte de outras coisas que eu não suporto. Passar a sua infância inteira ouvindo “não corra, você não pode correr e sabe disso”, ou talvez “não meche nisso você não pode ficar doente sabia?” bom e um inferno pra qualquer criança e foi pra mim, isso me mantinha longe de todos e principalmente longe da pessoa que mais era importante pra mim...

Mas mesmo assim Jun sempre me fez companhia as vezes quando ele cansava de brincar ele ia La pra casa jogar video game comigo, era divertido ate que fui internado e eu não o vi mais por pelo menos 3 anos, eu fiquei fora do país com um tratamento que so existia no exterior, pais com dinheiro, querem ajudar mas as vezes atrapalham.

Parece frio mas na verdade eu deveria estar morto a uns 10 anos, sim, minha 1º doença foi uma pneumonia eu não tinha chance de sobreviver foi quando Jun veio pra o meu quarto ele tinha quebrado um braço e estava ali a espera dos exames pra ser liberado, daquele dia em diante nos tornamos grandes amigos, ele nunca me tratou como uma pessoa doente que precisava de ajuda o tempo todo me tratava como uma pessoa normal. Eu o amava isso.

Quando saímos do hospital, descobrimos que éramos vizinhos e passei a brincar sempre com ele os pais dele não eram tão ricos quanto os meus mas tinham uma excelente condição financeira, tanto que estudávamos na mesma escola, mas... bom, Jun não dava a mínima pro dinheiro dos pais o que ele queria era trabalhar em algo que ele gostasse.

Mas a maior parte do tempo Jun estava mesmo era matando aula e se divertindo com... bom, com meninas e claro, o que você achava que era... se isso me deixa triste? Claro que sim eu o amava. No passado? Ora leitor não viu o que eu disse antes eu vou morrer tudo pra mim agora e passado.

Mas meus últimos dias foram os melhores, acho que ninguém viveu o que eu vivi ou pelo menos com intensidade com a qual vivi cada momento da minha vida.

Foi exatamente 1 ano, em 1 ano eu vivi muito mais que muitas pessoa vivem a vida inteira, eu amei, eu casei, eu vivi e muitas pessoas passam a maior parte do tempo se lamentando pelas coisas que gostariam de fazer, o que pra mim na verdade e somente medo.

Foi no meu ultimo ano na escola que eu descobri o que estava acontecendo comigo...

Eu estava no banheiro e de novo não me sentia bem, sentia fraqueza no corpo todo e bom amassava com toda a minha alma aquele maldito papel no qual veio a minha sentença. E não faço questão nenhuma de fazer surpresa nem charme com o que continha nele, vou colocar aqui em palavras simples e diretas, mas primeiro por que os exames que você recebe não vem em uma linguagem que você entenda? É so pra você ter que ir a outro medico pra ele te dizer o que você tem, às vezes eu penso que eles so fazem isso pra ficar tirando um sarro com a nossa cara do tipo “se tivesse estudado igual a mim saberia entender esse texto tão simples”.

Pois bem como eu não sou nenhum ignorante e nem precisei estudar medicina pra entender um laudo de exame o meu estava claramente escrito:

CÂNCER EM ESTAGIO AVANÇADO!

Pois bem agora sente o meu drama, eu passei metade da minha infância em um hospital e ouvindo da minha mãe: “Não corre!”, “Não faz isso!”, e por ai vai, e também passei grande parte da minha adolescência tendo aulas em casa pra poder chegar no 2º Grau, durante metade desse tempo eu so queria uma coisa. Ficar perto de Jun. Bobo, mas eu queria somente isso, eu me levantava todos os dias, tomava remédio todos os dias e ia ao hospital todos os dias por que eu queria ver o sorriso dele de novo, por que eu queria ver ele falar aquele monte de besteira que ele sempre fala quando esta nervoso, por que eu queria olhar nos olhos dele criar coragem e dizer que o amava mais do que tudo nesse mundo.

Mas de que adiantou, agora que eu já não tinha mais nada agora que eu já tinha me livrado de todos os meus problemas de tudo que me separava dele, eu vou ter que ir embora de novo pra sabe-se La qual hospital em que fim de mundo... Não! Eu não vou mais, eu cansei dessa vida artificial eu cansei desse negocio de ficar correndo de La pra Ca, daqui pra La atrás de remédios e curas impossíveis, de testes e mais teste eu não sou um ratinho de laboratório.

Eu vou viver a minha vida ao máximo aproveitando cada minuto, cada respiração, cada amanhecer como se fosse o ultimo.

- É isso que eu vou fazer! – disse olhando pro espelho.
- O que você vai fazer eu não sei mas eu vou dar uma mijada!
- Você tem mesmo que dizer as coisas desse jeito.
- Por que você acha que eu tenho falar como? Com a sua licença Ikari-san eu posso fazer xixi. Nhaaa olha a minha cara Hitsugi você acha mesmo que eu vou falar assim, so as meninas falam assim.
- Para de me chamar de Hitsugi! E não, eu não estou pedindo pra você falar assim eu estou dizendo que você não precisa dizer o que você vai fazer!
- Tem razão. – tenho razão! Ta bom ele nunca, jamais diria que eu tenho razão então isso significa que... – EU VOU DAR UMA MIJADAAAAA!!!! UHULLL! Ta bom pra você.
- Rrrrrrrr Yomi!
- Hitsugi!
- Por que você faz isso! Por que gosta de me deixar constrangido!
- Por que você fica lindo vermelho. E eu acho vermelho uma cor sexy.

Ta bom, eu acho que de certa forma eu devo uma explicação e uma apresentação, esse e Chiba Jun, sim aquele Jun que eu falei antes mas bem o negocio do amor que eu sinto e do fato dele me tratar normalmente é isso. Ele me enche o saco e me enche tanto o saco que eu me apaixonei por ele, estranho não? Mas e verdade Yomi e cativante um amigo fiel, um companheiro leal e sempre esta La quando eu preciso dele.

[legal Yomizito ser um cãozinhow]

Ah sim os apelidos bom ‘Yomi’ em japonês quer dizer ‘inferno’ isso por que ele e um SACO e ‘Hitsugi’ quer dizer caixão por que ele sempre dizia que eu estava com o PE na cova, oh piadinha escrota.

- Mas então o que você vai fazer?
- Eu? Nada por que?
- Nhaa Hitsugi eu ouvi você falando sozinho vai desembucha. Não vai me dizer que você concordou em colocar cola na cadeira da professora de matemática.
- Não eu... – o que eu disse, não disse que ia aproveitar, que diferença vai fazer eu nem gosto daquele mulher mesmo. Na verdade ninguém gosta dela, ela e ignorante e se acha superior – É isso mesmo vamos? – perguntei empolgado com a idéia.
- Como e que e?! – ele estava surpreso não esperava que eu concordasse, na verdade normalmente eu não concordaria.
- Eu disse que tudo bem vamos colocar cola na cadeira dela. Porque não? Ele e uma vaca mesmo.
- Você disse vaca? Ta legal quem e você e o que você fez com o Hitsugi?
- Muito engraçado. Então vamos ou não?

Sabe o que eu mais gosto no Yomi? Quando ele fica com essa carinha confusa.

- Hitsugi você sabe que isso pode nos levar pra direção não e?
- Claro que sim.
- Você não esta se importando em manchar o seu currículo perfeito por causa disso?
- Não. Nem um pouco. Sabe Yomi a vida e muito curta pra fiar se preocupando com essas coisas.

Ele não me entendia, na verdade ninguém entenderia o que leva uma pessoa de comportamento amedrontado e cuidadoso a fazer uma coisa dessas. Eu também não entenderia.

Algumas horas depois.

- Hahahahahahaha – eu não conseguia parar de rir, eu estava na sala do diretor e não conseguia parar de rir, ele havia chamado a minha mãe e eu não conseguia parar de rir.

Ora vamos foi hilário, a professora entrou na sala e começou a dar bronca e quando ela sentou ouviu um barulhinho estranho quando tentou levantar ela ficou agarrada, pediu a um dos meninos pra ajudar ela e ai, hahahaha, ela caiu em cima dele e metade da saia dela ficou presa na cadeira. Hahahahahahahaha.

O pai de Jun também estava La e nem ele estava achando tanta graça mas ele ria mais de mim do que da própria situação. Eu nunca me senti tão vivo.

- Você e ridículo, estamos de castigo por uma semana e você ainda não para de rir.
- Ora pelo menos ela foi demitida pelo que aconteceu nas situações anteriores.
- É tem razão.
- Jun-kun. – quem o chamou era a “namorada” dele, posso dizer assim por que ele não esta oficialmente com ela.
- Ah eu já volto.

Garota de sorte tem todo o amor do coração do Jun so pra ela, amor esse que eu desejei apenas ter um pouquinho mais do que so como um amigo ou um irmao caçula. Mas nunca vou ter mais que isso. Talvez eu ate diga isso pra ele, mas sei que jamais serei correspondido.

- Tchau Jun a gente se vê depois ne?
- Claro por que não.

E ele voltou a mim, e sabe eu gosto dessa sensação de vê-las indo embora e de vê-lo voltar com um sorriso lindo so pra mim, mas apesar disso eu sinto inveja delas por que elas podem beijar a boca que eu anseio e tocar o corpo que eu quero, mas eu não. Eu devo ser o amigo que ama em silencio e isso já esta me comendo por dentro.

- O que foi loirinho esta com uma cara.
- Para de me chamar de loirinho!
- Ué você acha que com essa cor de cabelo eu tenho que te chamar de que? Morenão!
- Muito engraçado!
- O que foi?

Ta esta na cara que eu to chateado mas eu não consigo ficar normal com essa situação. Eu o amo há muito mais tempo e muito mais verdadeiramente do que essa garotinha, então por que eu não tenho a minha recompensa.

- Hitsugi?

Eu queria poder ser uma menina pra não ter tanto medo do que ele vai pensar de mim, e claro que eu sei que existe preconceito que talvez Yomi me rejeite pra sempre, que tenha nojo de mim, mas eu queria poder da so um beijo nele e morreria feliz.

- Hitsugi?!

Mas eu não posso me é tão proibido quanto... quanto... sei La. Mas ainda posso sonhar com isso não e? Enquanto sonhar ainda e permitido.

- Mitsuo. – uma voz grave e um peso estavam sobre mim. E quando me virei me deparei com aqueles orbes castanhos avelã que eu tanto amava, mas seu brilho era de preocupação, estavam preocupados comigo.
- Sim.
- Por que não me responde estou te chamando. Não esta ouvindo?
- É claro que sim Yomi.
- então vai me dizer o que esta te preocupando.
- Não e nada vamos pra sala.

Eu me esquivei, não podia deixar que ele visse o que havia em meus olhos o meu amor era mais transparente quanto água cristalina.

No fim do dia...

- Hitsugi vamos pra casa juntos?
- claro!
- Jun-kun. – era ela.
- Hai. – ele respondeu com um tom um pouco desagradável.
- Me leva pra casa hoje eu vou sozinha e meu caminho e tão deserto. – ela estava com aquela voz insuportável de quem pede uma coisa tentando seduzir à outra e isso me IRRITA!
- Ah mais eu...

Vamos Hitsugi ela e namorada dele, e apesar de tudo aquilo que você disse sobre aproveitar a vida e apesar de te colocado cola na cadeira da professora você sempre vai ser um covarde quanto os seus sentimentos sobre o Yomi.

- ta tudo bem Jun eu posso ir sozinho. Vai com ela.
- Mas Mitsuo!
- Ta tudo bem, eu não sou nenhuma mocinha. Vai logo.
- Nhaa Mitsuo-san você e um doce. Fico te devendo. Vamos Jun – ela o puxava pelo braço e isso destruía meu coração. Mas era o certo não era. Eu não poderia jamais fazer isso, eu não poderia jamais ocupar o mesmo espaço que ela. Estava certo assim. Afinal eu iria morrer de qualquer jeito.

O caminho pra casa foi silencioso, silencioso demais pro meu gosto, gostava mesmo era de ouvir a voz do Yomi o tempo todo falando o caminho parecia pequeno, mas foi a mais longa caminhada que eu já fiz parecia que a minha casa era do outro lado do mundo. Então eu sentei no gramado perto do rio para descansar era fim de tarde, eu e Yomi costumávamos ver o pôr-do-sol de vez em quando.

- É bonito ne?
- Jun!
- o que foi não esperava me ver?! A minha casa e pra La.
- Mas eu achei que você ia...
- Ficar La! Você e maluco eu não vou chegar perto da casa dela. Se a mãe dela me vê vai querer me empazinar de comido e depois se o PAI dela me ver ai Fudeu!
- Jun...
- Hm...
- É empanzinar e não empazinar
- Vai corrigir o cacete.
- Hahaha.

Jun nunca me deixaria sozinho disso eu tinha certeza. Isto e enquanto eu não dissesse nada sobre os meus sentimentos. Eu o teria sempre. E pra mim já era o bastante, por enquanto.

- Tadaima! – disse chegando em casa.
- Mitsuo posso saber por que o senhor colocou cola na cadeira da sua professora. A coitada foi demitida.
- Mãe ela era um saco!
- Olha a boca rapazinho!
- Ta bom, a senhorita minha professora era... UM SACOW! Entendeu.
- Você anda tão rebelde. E por que anda com aquele menino o filho dos Chiba. Não e? Ele que anda te desviando?
- MÃE chega! Eu cansei dessa conversa e cansei de ouvir a senhora falar mal do Jun!
- Por que defende tanto aquele menino Mitsuo?! Me diz?
- Por que ele não me enche como à senhora!

Fui para meu quarto revoltado enquanto minha mãe ainda reclamava. Eu já não agüentava mais esse mesmo papo todo dia, eu cansei de ouvir tudo como um bom filho, ela não cansa de falar, mas eu já cansei de ouvir me dói muito ter que brigar com ela mas eu não suporto quando ela fala mal do Jun.

No dia seguinte, o dia estava lindo mas eu me sentia mais cansado que o normal, mas não faltaria a escola afinal eu melhoraria assim que visse o sorriso do Jun. Tenho certeza disso.

E não deu em outra.

- E ai meu lindo loirinho o que vamos fazer hoje?
- O que quer dizer?
- Ué ontem foi a cadeira da professora, hoje vamos nos meter em uma briga?
- O que?! Não claro que-
- Hahahahahaha! Desculpa não pude conter a vontade de ver a sua cara de surpreso.

Esse Yomi...

Na escola o dia de hoje foi mais perfeito ainda mas dessa vez eu vou faze rum charme pra falar o que houve... por que? Ora eu vou morrer acha que eu não vou me aproveitar de você, pensou errado.

Estávamos indo pra aula de Educação Física, então eu esperei todos os meninos saírem da sala pra começar a trocar de roupa ou você acha mesmo que eu ia ficar seminu na frente daquele monte de marmanjo, pensou errado de novo.

Eu e Yomi ficamos por ultimo essa iria ser a minha primeira aula de Educação Física desde o primário, eu estava ansioso mas de certa forma preguiçoso. E Yomi odiava essa aula então sempre demorava. Mas tinha mais um motivo eu estava com... vergonha. Sim vergonha, de trocar de roupa na frente dele. Não sabia o que fazer, ele era perfeito tinha o corpo perfeito e eu... bom eu não tinha NE.

- Nhaa eu odeio Educação Física. Não sei pra que temos que fazer essas idiotices.
- Pensei que fosse entrar pro time futebol da escola?
- Eu vou, mas não gosto dessa historia de correr, fazer ginástica. Isso e muito gay.

Yomi destrói as minhas esperanças com suas palavras, ele sempre deixou claro que não gosta de Gays e se ele me descobrir vai me odiar pro resto da vida.

- Yomi posso te perguntar uma coisa. – ele parou de vestir a camisa e me olhou.
- O que?
- Você... o que você faria se alguém... assim se declarasse pra você?
- hã? Como assim?
- Sabe... assim... dissesse que te ama muito, mas... essa pessoa fosse um... homem, o que você faria?

Ele olhou pro nada por um tempo e respondeu friamente

- Eu teria que recusar. Por que eu já amo alguém.
- Ah, entendo...

Isso partiu meu coração em pedaços tão pequenos que senti vontade de chorar, e chorei por dentro onde ninguém pode ver, eu sangrei muito e demorou ate que eu pudesse olhar nos olhos dele de novo.

- Vamos ou vai ficar ai parado.
- Acho que não me sinto muito bem. Vai na frente.
- O que esta sentindo Mitsuo!

Quando dei por mim Yomi estava do meu lado preocupado, seus olhos pareciam não quere deixar os meus que nesse momento não queria olhar para os olhos dele.

- Na-nada não tem que se preocupar com isso e besteira.
- Mitsuo o que você esta sentindo fala!
- Nada Yomi vamos se não vamos chegar realmente atrasados.
- Não. – ele me segurou pelo braço – A aula não importa, você e mais importante que isso. Agora fala o que você esta sentindo.
- Nada já disse – evitei me virar e encará-lo
- Mitsuo! – ele me puxou e me virou. Ele olhou em meus olhos e viu a tristeza contida neles.

O que eu podia fazer?! Eu o amava e ele disse, ele admitiu que não aceitaria os meus sentimentos, o que seria de mim sem o Yomi? Eu respondo... NADA.

- Vamos ate a enfermaria! – disse me puxando pelo braço.
- Não quero! – me soltei. Não queria ir a lugar nenhum com ele eu queria chorar apenas isso, chorar por um amor que eu nunca poderei se quer confessar, pois morrer sendo odiado por Yomi seria a ultima coisa que eu queria em vida...
- então me diz o que esta sentindo!
- Não!
- Então vamos à enfermaria.
- Não quero. – nesse momento senti uma fraqueza muito grande tomar conta do meu corpo, e simplesmente tudo se apagou.

........................................

POV’s do Yomi

Senti que Hitsugi estava cada vez mais pesado e mais pesado. Ate que simplesmente não pude mais segura-lo e ele caiu. Ele estava inconsciente e eu desesperado. Um por te-lo deixado cair e dois por que ele estava inconsciente.

- Hitsugi! Hitsugi! Mitsuo! MITSUO!

........................................

- Mitsuo, Mitsuo, Mitsuo acorda, por favor, acorda. Por favor, Mitsuo acorda.

Senti algo molhado e quente cair em meu rosto... Água? Não seria gelada se fosse então o que era esse liquido que continuava a cair em meu rosto.

Quando abri meus olhos me deparei com Jun chorando sobre mim, ao lado do meu leito na enfermaria da escola.

- Jun?

Ele me olhou como se eu tivesse acabado de ressuscitar. Rá como se ele nunca tivesse me visto desmaiar antes.

- Mitsuo – ele me abraçou forte, e pude sentir o cheiro de sua colônia. Nhaa como era bom aquele cheiro de Jun. aquele cheiro tão conhecido, e tão bom. Adorava os abraços de Jun, era o único momento em que podia colar o meu corpo no dele, e que eu não tinha limite de tempo. Mas fazia tempo que eu não o abraçava e... foi bom reviver isso pelo menos por um misero espaço de tempo.
- Ta tudo bem Jun ate parece que nunca me viu desmaiar!
- eu sei mas... você estava frio e eu estava com medo de que você tivesse ido pra sempre... eu não suportaria perder você Mitsuo.
- Ta tudo bem não vai perder – pelo menos não agora.
- NUNCA MAIS FAZ ISSO COMIGO DE NOVO ENTENDEU! NUNCA MAIS! – ele chorava e me chacoalhava como se eu fosse uma criança que tivesse atravessado uma avenida sozinha.
- Eu... entendi.

E novamente senti os braços quentes e aconchegantes de Jun sobre meu corpo, posso jurar que senti uma vontade enorme de desmaiar de novo so pra sentir os braços de Yomi mais e mais em volta do meu corpo.

Mas logo alguém ia chegar melhor interromper o contato agora... e.... quem disse que e fácil.

- Yomi por favor e melhor me soltar e se alguém ver a gente e contar pra Mayumi vai dar a maior confusão.
- Não me importo eu quero sentir que você esta vivo so mais um pouquinho. Me abraça Mitsuo.

Eu iria recusar? Claro que não. Abracei apertado me permitindo chorar em seu ombro. Chorar por um amor que nunca será meu... chorando por alguém que nunca vai me amar de volta e que eu so poderei ver a felicidade de longe.

- Mitsuo por que você não fala o que esta sentindo?
- Por que eu não posso.
- Mas... tudo bem se você diz...

Ele estava se afastando mas eu tive que prende-lo.

- O que foi? Você esta manhoso ultimamente.
- Nada eu so... estou me sentindo meio estranho.
- Estranho como?
- Nada...
- Você não esta mais conversando comigo...
- Jun-kun... – era a enfermeira.

Acho que nunca agradeci tanto a alguém por afastar Jun de mim, pois naquele momento eu so queria chorar mas não queria que ele me visse por que não sei se não contaria a ele o que estava sentindo em meio as lagrimas e o desespero de perde-lo.

Eu não queria perde-lo...

- Por favor volte pra aula eu fico com o Mitsuo-kun.
- Não eu...
- Tudo bem Jun. pode ir.
- Hã?
- Acha mesmo que eu vou deixar você matar aula de Educação Física com a desculpa de estar cuidando de mim. Rá, rá, rá. Pode indo.

Ele me olhava como se eu tivesse o ofendido. E eu sabia que havia ofendido.

- Baka...

Ele saiu chateado. Não mais que isso humilhado e eu so queria chorar, e eu chorei a enfermeira se assustou mas logo disse que estava bem que so precisava colocar pra fora em lagrimas o que eu estava sentindo. Ela era uma boa pessoa, e me entendeu me deixou sozinho e La eu fiquei sentindo-me um imbecil por ter feito o que fiz com Jun mas... ele JAMAIS vai corresponder ao meu sentimento então qual o significado de toda a minha luta. Minha vida já não tinha mais sentindo pois eu so lutei vivi e voltei da estrada da morte varias e varias vezes por causa do Jun e sem ele de que adiantaria todo o meu trabalho.

Eu sou um retardado masoquista mesmo, de que me serviu tudo se agora eu so posso vê-lo sendo feliz ao lado de outra pessoa, talvez no fundo eu soubesse que não iria adiantar talvez eu ate quisesse que Jun me convidasse para seu casamento, para ver seus filhos crescerem, afinal ela pode dar isso a ele e eu NUNCA vou poder fazer isso. Não e cientificamente possível ne. Que ironia eu fazendo piada da minha própria desgraça, mas eu realmente não posso fazer nada por ele.

No fim do dia...

Quando eu saí da enfermaria eu fui para trás do ginásio, gostava de ficar La sozinho pensando. Ninguém me via eu estava invisível. Exceto pra uma única pessoa e realmente eu não queria ser invisível pra ela.

- Mitsuo...
- Oi Jun...
- Então resolveu me contar o que aconteceu com você?
- Jun eu não...
- Chega! – ele me jogou contra a parede uma de suas mãos estava no bolso da calça a outra estava paralela ao meu rosto e uma de suas pernas estava entre as minhas, eu não tinha pra onde fugir, mas Ca entre nos, eu podia sentir toda a rigidez de Jun e a cada segundo estava mais perto e mais perto de mim.
- Jun... você esta... muito per...to...
- Está nervoso?

Não. Com medo de que ele sentisse repulsa no momento em que visse que eu estava ficando fora de mim. Entenderam? Ora claro que sim não são burros não e?

- Agora conta.
- Não!
- Conta!
- Não!
- Mitsuo, estou perdendo a paciência com você, me conta de uma vez ou vou fazer uma loucura.

Isso me lembrou se uma vez quando éramos pequenos em que eu não quis dizer pra ele que estava doente de novo.

Flash back

- Me conta onde dói.
- Não dói – eu estava com muita dor, era quase sufocante mas sair de perto dele me deixava pior.
- Se não me disser eu vou fazer uma loucura.
- Não e nada já disse. I-tai.

Ele subiu no trepa-trepa e disse:

- Fala se não eu me jogo.
- Jun-chan não faz isso!
- Não quero ver você sofrendo fala.
- Não é nada, passou eu juro que passou. Hugh. - eu senti uma pontada. Na barriga de novo.
- Mitsuo. – ele perdeu o equilíbrio e caiu.

Foram dois pontos na testa pra aprender e uma bronca da minha mãe. No pai do Jun e claro por que eu estava tão desesperado que minha pressão subiu de novo. Enquanto eles discutiam eu entrei no quarto dele e fiquei abraçado com ele ate que peguei no sono e acordei em casa.

Fim do flash Back

Isso por que ele era uma criança o que ele seria capaz de fazer agora! Eu não queria imaginar, por que so de pensar em Jun se machucando me apertava o coração.

- Por favor Jun não faça nada perigoso eu já estou melhor juro que já estou melhor.
- Não interessa se você já esta melhor você não me conta mais as coisas esta sempre escondendo alguma coisa de mim e eu quero saber o que e?
- Eu não... eu não quero perder a sua amizade por causa disso prefiro guardar pra mim do que te perder.
- Quantas vezes eu vou ter que te dizer que isso nunca vai acontecer. Você é surdo por acaso. Ou todos esses remédios afetaram de alguma forma o seu cérebro. Eu vou estar sempre do seu lado Mitsuo sempre. – ele afagou meu rosto, que homem cruel. Jun não fazia idéia dos meus sentimentos mas por incrível que pareça ele gostava de pisar na minha alto-estima me dizendo essas coisas.
- Eu não posso dizer por que você já me deu a resposta da minha pergunta e se eu te disser o que e você vai me odiar vai sentir... Nojo de mim. Então eu prefiro continuar do jeito eu esta.
- Bom então temos um problema por que você não vai embora ate me dizer o que e. Por que do jeito que esta não da pra ficar, eu não aceito.

Bom, e agora, leitor o que você faria? No meu caso eu já não tinha mais o que perder de certa forma. Jun estava com a Mayumi e eu não suportava vê-lo beijando-a e tocando-a quando na verdade eu o desejava so pra mim. E também eu iria morrer mais cedo ou mais tarde eu não estaria mais aqui pra ele então vê-lo ser feliz com outra pessoa e melhor que ser feliz ao lado de alguém que logo não estará mais aqui.

- Jun eu quero que saiba que eu... eu nunca vou esquecer o que você fez por mim, eu quero te agradecer por tudo.
- Do que você esta falando? Você vai embora? De novo? Pra onde?
- Eu não vou sair da cidade se e o que você esta pensando. Eu so não vou estar mais perto de você.
- O que? Por que?
- Por que eu... eu... – olhar em seus olhos e dizer o que eu sentia era mais difícil que em teoria.
- Diz Mitsuo... – sua voz estava rouca mas eu não sabia por que, eu estava atordoado e olhava de seus olhos pra sua boca o tempo todo.
- Eu... – respirei fundo. – eu te amo Chiba Jun. Te amo como homem e não como amigo. E eu tenho vontade de matar aquela garota que esta com você, por que ela te beija, te abraça, te toca quando na verdade eu queria poder fazer tudo isso. E eu sei que você não gosta desse tipo de coisa e é por isso que eu vou me afastar de você pra não te causar mais problemas. Apesar de... - lagrimas vieram aos meus olhos. – apesar deu querer ficar com você pra sempre, mesmo que como amigo eu sei que isso não será mais possível. Mas Jun por favor não me deixa sozinho.
- Isso nunca vai acontecer Mitsuo. – eu tive que fita-lo. Ele foi direto. Nunca vai me deixar? – Eu nunca vou deixar você. Nunca.
- Isso quer dizer que vamos continuar sendo amigos – eu o fitava tentando achar algo fora do normal talvez algum resquício de nojo ou de pena. Mas não achei nada.
- Não. – a verdade pesa e dói. E vem em palavras pequenas. – nunca mais vamos ser amigos.
- Então como? Eu não entendo?
- Então eu te mostro.

Lentamente a cabeça de Jun veio na minha direção, e senti os lábios dele sobre os meus. No começo estava surpreso mas logo meu cérebro foi desligado e eu correspondia aos beijos e toques de Yomi com a mesmo intensidade que ele me beijava. Aos poucos ele introduziu a língua em minha boca. E eu fui obrigado a abrir espaço pra ela, e juro que não me arrependi. A língua experiente de Jun circulava em minha boca e eu estava paralisado e com medo, e seu eu fizesse alguma coisa errado eu o decepcionaria e pior seria constrangedor.

Mas todas as minhas duvidas sumiram quando Yomi tocou a minha nuca pra aproximar ainda mais nosso beijo, senti proteção e senti segurança. Ele sempre me mostrava isso e agora não seria diferente.

Quando interrompemos o beijo estávamos exaustos como se tivéssemos corrido uns 100 metros contra o vento e com uma roupa bem pesada em um dia de chuva. Eu tomei a iniciativa de falar por que se fosse pra me decepcionar eu estava mais preparado, eu já havia provado da boca que eu tanto queria já havia colado o meu corpo no dele e já havia tocado a pele macia dele, pra mim já estava bom.

Eu podia morrer feliz.

- Jun... o que... significa isso?
- Significa... que eu quero ficar com você também.
- Como assim? E a Mayumi?
- Mitsuo você me chama de burro o tempo todo mas e você que não presta atenção nas coisas.
- Que?
- Eu te amo baka. – e me deu um selinho pra completar a frase.
- Mas eu não entendo... – ele me calou com a ponta do indicador.
- Eu sempre namorei por que você sempre estava longe eu me sentia sozinho, depois de um tempo você voltava e aquele sentimento de solidão ia embora e as meninas ficavam chatas, por que conversar com você era muito melhor. Depois percebi que não gostava quando você estava com outras pessoas, quando tiravam a sua atenção de mim. E a sensação de vazio voltava. Então percebi o que era, eu te amava e não conseguia te esquecer e nem te dividir com ninguém. Mas você voltava a viajar e eu ficava sozinho. Então comecei a namorar pra te fazer ciúmes mas nada funcionava. Bom, ate agora.

Aquilo caiu como uma pedra na minha cabeça eu tentava chamar a atenção dele dando atenção a outras pessoas e ele não ligava e não me importava com os namoros dele tentando assim deixá-lo viver a vida dele, pensando que ele nunca iria olhar pra mim como algo mais já que estava com mulheres.

- Jun... eu... não sabia...
- isso não importa mais. O que importa e que agora eu sei que você me ama também e não a mais o que temer ou esconder.
- O que?
- Ora por que você acha que eu nunca falei com os pais da Mayumi. E por que eu estava esperando uma atitude sua. Esperava que esse seu comportamento fosse por que eu consegui mexer com você de alguma forma.
- então você brincou com os sentimentos de todas aquelas meninas?
- Não. – ele me pressionou de novo contra a parede – eu estava tentando te esquecer. Por que eu achava que você não me amava, mas como você nunca estava com ninguém alem de mim, eu tinha esperança de que talvez você pudesse me amar também.
- Jun... eu te amo.
- eu também Mitsuo tanto que você nem imagina.
- O que vai fazer agora? Com a Mayumi?
- Eu vou ter que terminar com ela por que eu não posso continuar iludindo ela desse jeito.
- Tem razão.
- Mas antes, Mitsuo.
- O que?
- Me da mais um beijo?
- Todos que você quiser eles sempre foram seus mesmo.

E mais uma vez a minha boca foi invadida por uma língua, so que dessa vez ela estava mais ansiosa pelos movimentos da minha e bom de um jeito meio desajeitado eu tentei acompanhá-la mas fui dominado. E quem disse que eu me importo com isso.

Posso confessar que e muito melhor que em meus sonhos. Com certeza e muito melhor que tudo que eu já imaginei. Mas... espera ta faltando alguma coisa. Ele foi romântico mas esse não e o Jun por quem eu me apaixonei.

- Ué já ta assim. Imagina quando eu estiver... – ele sussurrou no meu ouvido, logo em seguida mordendo-a
- Não quero pensar nisso agora – sussurrei em seu ombro.

Agora sim esse e o homem que eu amo.
Satoru Alice
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Chuva de Primavera. Empty Re: Chuva de Primavera.

Mensagem  Satoru Alice Qui maio 13, 2010 1:41 pm

Capitulo 2


- Mas por que você esta terminando comigo Jun-kun?
- Por que eu gosto de outra pessoa.
- E o Mitsuo não e?
- E se for?
- Se terminar comigo conta pra escola toda que você so pegava as meninas por que o Hitsugi estava de greve com você. Sacou.
- Sim e quer saber pode dizer que ele e melhor que você nesse aspecto também.

Devo confessar que não me agrada escutar conversa alheia mas essa dizia respeito a mim também e eu não gostei do rumo que ela tomou. Não por estarem me ofendendo. Mas que fiquei claro que eu nunca transei com o Jun! eu nunca transei com ninguém pra dizer a verdade.

- Mais alguma coisa?
- Você não pode me deixar desse jeito!
- Tem razão quer que eu te leve em casa pela ultima vez.
- Vai se ferrar desgraçado eu vou contar pra todo mundo você vai ver.
- Ta bom então depois eu passo na sua casa e te devolvo as coisas que estão comigo.
- Pode ficar com essas porcarias eu não quero nada de você que você tenha colocado as suas mãos nojentas que... ECA!
- Tem razão eu ficava horas no banheiro, pensando no Mitsuo e dava certo.

Cara ele e nojento e desagradável.

- Sai daí seu bixa você acha que eu não sei que você esta ouvindo tudo.
- Ela tem razão Hitsugi da pra ver a sua bundinha gostosa daqui e olha que eu estou de costas.

Desagradável e inconveniente.

- Mayumi-san.
- Não me venha com Mayumi-san. Você é um cretino, safado e sem-vergonha tirou ele de mim por que não agüentou que ele não gostasse de um cara ridículo como você, não e?

Ela se aproximou de mim e eu sei o que viria dali, mas no momento em que ela estendeu a mão pra me dar um tapa e...

[tap]

O som dele ecôo por toda a escola posso ter certeza disso. Mas não foi o tapa de Mayumi e sim o de Jun. Sim, o de Jun pois foi ele que deu um tapa na cara de Mayumi.

- Mas... por que...?
- Jun! Como pode fazer isso.

Fui ate Mayumi pra ajuda-la mas fui renegado por ela com um empurrão e ela saiu correndo chorando.

- Como pode bater nela ela te ama apesar de tudo. Podia ter sido mais gentil – disse me virando pra ele com raiva.
- eu sei mas não podia deixar que ela batesse em você
- Mesmo assim... eu ainda acho que-

Fui interrompido por um beijo sufocante, não me importava de não tocar mais no assunto depois desse beijo. Sei que foi um pedido de silencio mas eu me deliciei mais com isso do que se ele tivesse feito de qualquer outro jeito.

No caminho pra casa...

Jun fez toda a questão de que fossemos de mãos dadas afinal éramos... amantes não e? Então o que tem de errado nisso ne. TUDO eu não posso aparecer em casa dizendo: “olha mãe eu estou namorando com o Jun!”. Putz ela me mata!

- Jun você não acha que antes de chegarmos perto de casa nos afastarmos um pouco.
- O que? – ele parou e me fitou – Como assim?
- Quer dizer imagina so como nossos pais vão reagir quando descobrirem não e melhor acostumarmos eles primeiro. Sabe ir devagar com isso.
- Quer dizer esconder? Bom, talvez com a sua mãe seja difícil por que eu com o meu pai não tem nada disso não. Alias meu pai e quem esteve me consolando todos esses anos.
- Seu pai... sabe...
- Sim, claro que sim...

Acho que fui ficando rosa, não vermelho, não roxo, não azul. Ah sei La eu nunca tive tanta vergonha antes.

- O que foi? Por que esta dessa cor?
- E-e q-q-que... e-eu n-não espe-perava que s-s-seu pai so-soubesse
- Nhaa voce ta com vergonha do meu pai. Não acredito. Hahahahaha.
- Não tem graça!
- Tem sim você fica uma graça de vermelho-vergonha. – ele me puxou e nos beijamos mais uma vez, eu estava começando a achar que isso era um sonho. Mas... se fosse eu não queria acordar mais.
- Jun...
- O que? – ele dizia enquanto estava com a testa grudada na minha.
- Eu te amo!
- Eu também.
- Também o que?
- Também me amo.
- BAKA!
- Hahahahaha e brincadeira eu te amo mais isso e lógico!
- Você e um baka. – fingi que estava bravo e fui andando na frente, ciente de que logo ouviria os passos dele atrás de mim.
- Nhaa não fica bravo – e ele veio atrás de mim. Me abraçou por trás e me senti feliz, estava vivendo um sonho e eu não queria mais acordar.

Chegando em casa...

- Tadaima.
- Filho okaeri, demorou hoje onde estava.
- Estava... estava sendo feliz... – disse olhando para o nada.
- Como assim?
- Mãe amar e muito bom. – dei um beijo em sua bochecha coisa que não fazia desde que entrei no ginásio.
- Ora mas o que aconteceu? Se apaixonou? Ela e bonita?
- E a pessoa mais bonita que já conheci.
- Ah que bom.

Fui para o meu quarto deixando uma mãe feliz e curiosa pra trás. Me atirei da cama e abracei o travesseiro como se pudesse assim abraçar a imagem de Jun que estava na minha cabeça.

Eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo. E nada podia interferir na minha felicidade.

........................................
POV’s do Yomi.

Cheguei em casa sendo recebido por Sakura nossa criada.

- Okaerinasai Jun-sama.
- Tadaima Sakura-kun.
- Gostaria de comer alguma coisa?
- Não se precisar vou ate à cozinha, obrigado.
- Disponha, ah sim Chiba-sama deseja falar com o senhor. Ele esta no escritório.
- Ah, hai arigatou.
- Disponha, com licença.

Vocês devem estar pensando em como eu sou diferente dentro de casa e fora de casa não e? Bom, eu explico aqui dentro eu sou o filho do senhor Chiba e não o Yomi o amigo do Hitsugi, por tanto eu sou sempre formal e educado com os criados e com meu pai também.

- Queria me ver meu pai.
- claro filho entre.
- com licença.
- Chegou tarde e nosso acordo?
- Sinto muito.
- Espero que tenha sido por algo importante.
- Sim foi.

Um silencio estranho caiu no local e devo confessar que não me agradou nada. Era como se ele quisesse que eu dissesse uma coisa que ele já sabia.

- Então...
- Estamos juntos.
- Que bom, então cuide bem dele. Mas não se desvie do que quer filho. Por favor, continue estudando. Promete.
- Agora eu tenho mais do que um incentivo, tenho uma razão.
- Ótimo, bom vou pra uma reunião e não sei que horas vou chegar então... não va dormir tarde.
- tudo bem. Ah pai?
- O que e filho?
- Não se esquece de levar camisinha.
- Ta bom. Ah sua vó te mandou uma caixa bem pesada hoje esta La no seu quarto mas pode deixar que eu não abri.
- Obrigado.

Fui para o meu quarto e assim que entrei vi pela janela um saltitante e muito feliz Hitsugi pular em sua cama. Eu me senti envergonhado, pois de certa forma eu era causador daquela felicidade que espiava através da janela.

Me dirigi a caixa dando um pouco de privacidade a meu amado, quando a abri me senti mais feliz ainda, os livros que eu tanto queria. Sim, livros. Talvez não tenha parecido mas eu não sou tão mal aluno quanto Hitsugi disse, eu so gosto de sentir a liberdade de vez em quando.

O que tinha na caixa? Livros já não disse! Ah que tipo de livros? Bom livros de... medicina. Eu quero ser medico, pra que eu posso cuidar dele pra sempre. Peguei um dos livros e me sentei na escrivaninha e olhei pra ele durante horas o que me lembrou de uma coisa que aconteceu há muito tempo atrás. A vez em que eu quase o matei.

Flash Back

Tínhamos 10 anos...

- Você vai embora de novo?
- Sim, eu vou pros Estados Unidos dessa vez. Parece que La tem um tratamento pra lidar com o que eu tenho.
- Mas será que eles não vêem que você não e um brinquedo.
- Jun-chan...
- Não quero que você va.
- Eu também não quero ir.
- Então não va.
- Mas como?
- Eu vou te esconder no meu quarto. Nem minha mãe, nem meu pai entram La. E eu posso arrumar ele sozinho assim nem a empregada entra e então você fica aqui pra sempre.
- Ta.

Crianças ingênuas, uma amizade sincera e um amor desconhecido pelos dois.

- Pronto agora você fica aqui e ninguém vai te ver. Eu vou trazer o resto do jantar pra você comer e de noite quando todo mundo for dormir você desce e come mais ta.
- Ta.
- Eu não vou te deixar esperando vou comer rápido e volto logo.
- Ta.

Eu o deixei La mas eu não sabia o que ele tinha não sabia por que ele estava tão quietinho. Eu so queria ficar perto dele por que isso me fazia bem.

- Jun come devagar.
- Posso terminar de comer no quarto?
- Por que?
- Ora não pergunte coisas sem motivo. Claro que pode Jun vai.

Cheguei no quarto e Mitsuo parecia estar com mais fome do que eu. Comeu tão rápido que eu nem vi a comida acabar.

- Gotsusosama desta.
- Que bom que gostou.
- Arigatou Jun-chan

Nos deitamos e logo não consegui dormir diferente dele que pegou no sono assim que nos cobrimos. Eu fiquei olhando pra ele a noite toda ate que peguei no sono também. Mas a noite... ele começou a passar mal e tossir muito.

- Cof... cof... cof...
- Calma Mitsuo. Voce precisa ficar calmo se continuar assim vai acordar todo mundo.
- Cof... cof... Hugh. – sangue escorreu pelos cantos da Mao dele.
- Mitsuo!

Do lado de fora uma voz e batidas na porta mudaram a minha atenção de lugar.

- Jun o que esta acontecendo? Você esta bem filho? – por favor, Kami-sama que eles não abram a porta, não abram não o tirem de mim.

Eu abraçava Mitsuo que se agarrava em mim tentando parar de tossir, ele sujava minha blusa de sangue mas eu so queria que minha mãe e meu pai fosse embora. Mas eles entraram e quando viram o Mitsuo se desesperaram com o estado dele. Meu pai me empurrou para o lado e minha mãe chamou uma ambulância.

Mitsou tinha tuberculose e por pouco ele não morreu. Minha cama estava totalmente ensangüentada. E eu não havia visto. Aquela foi a primeira vez de muitas coisas, foi a primeira vez que eu senti medo, foi a primeira vez que eu rezei e foi a primeira vez que eu apanhei, ou melhor que me bateram.

[Tap]

- O que você fez com o meu filho! Seu verme!
- Eu... – eu so chorei como a criança que eu era...

O medico veio. Boas noticias?

- Ele chama por Jun, Jun varias vezes quem e?
- Eu.
- Bom, rapazinho entre e veja-o mas não o faça falar muito ok.
- Não! Eu proíbo que esse menino veja o meu filho, foi por culpa dele que o meu bebe esta aqui.
- Ora cale a boca mulher! – disse meu pai. – Vai filho eu vou conversar com essa senhora aqui.
- Ta.

Eu entrei e ele estava dormindo. Eu so me aproximei e chorei do lado dele. Por minha causa ele estava ali e eu me senti um monstro.

Fim do flash back

Por isso quero me tornar medico, assim mesmo que ele fique doente de novo eu poderei cuidar dele. Parece infantil mas não e so isso eu... quero cuidar de pessoas com os mesmo problemas que ele, essa facilidade em pegar todas as viroses que estão na moda.

Parece engraçado mas e verdade ele sempre pegava as doenças da época. Agora ele melhorou mas... eu tenho medo do futuro. Por ele.

........................................

Nhaaaa como eu estava feliz. So faltava o Jun vir dormir no meu quarto. Eu me senti uma menina amando pela primeira vez. Mas de certa forma eu estava amando pela primeira vez.

- Mitsuo.
- Aaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhh.

Quando me virei vi Yomi atrás de mim rindo como se fosse a coisa mais engraçado do mundo. Eu quase tinha tido uma parada cardíaca.

- Não tem graça. Tem sorte da minha casa ser grande e da minha mãe ser meio-
- Mitsuo você esta bem filho!
- Estou mãe estava assistindo um filme de terror so isso.
- Ah ta. Não faça mais isso ouviu!
- Ta bom mãe desculpa.
- Hahahahahaha – ele ria sem parar.
- Não tem graça.

Logo Yomi sentou na cama comigo e se apoiou nos braços para assim ficar sobre mim,e eu pude sentir cada pedaço de seu corpo quando ele se abaixou pra me beijar, foi um beijo calmo mas que aos poucos foi se intensificando. As mãos de Yomi começaram a me tocar por debaixo da blusa e devagar elas chegavam ate os meus mamilos onde os acariciaram com ternura e eu tentava não gemer muito alto para que minha mãe não viesse e acabasse com tudo.

- Jun... ah... – eu os abafava o Maximo que podia mas era mais forte do que eu.
- Relaxa eu so to te fazendo um carinho meu amor.
- Eu... eu sei...
- Você gosta assim.

Eu balancei a cabeça impedindo um grito afirmativo de sair.

- Eu também.

Mas de repente leves batidas na porta me deixaram tenso, era minha mãe. O que fazer?

- Mitsuo vou a feira quer algo da rua?

Com a voz mais controlada que encontrei eu respondi, com um simples...

- Não.
- Huhuhuhu – a risada de Yomi foi abafada encostando a boca no meu ombro o que não melhorou a minha situação.
- Esta tudo bem filho?
- To sim. Pode deixar eu so to vendo TV.
- Então esta bem, não se esqueça de fazer a lição de casa ok?
- Ta.

Ela saiu de casa e então...

- hahahahahahhaha não esquece de fazer a lição de casa. Kakakakakak nunca achei que sua mãe ainda dizia isso pra você.
- Não tem graça.
- Tem razão. – Yomi olhou pra mim e o que vi nos olhos dele me deixou acuado. Paixão e desejo não e uma boa combinação com casa vazia e?
- Vamos voltar ao que estávamos fazendo certo? Bom, então agora vamos ver se você e um bom aluno Hitsugi, onde eu parei?
- A-aqui. – eu apenas apontei não tinha coragem e nem oxigênio pra dizer onde.
- Diz pra mim então o que você quer que eu faça agora?
- Eu... quero que... você... – ele ia se aproximando tanto que eu não tinha tempo pra pensar ou respirar
- Diz – ele sussurrou no meu ouvido dando uma leve lambida nele. E eu novamente abafei um gemido. – não precisa mais abafar os seus gemidos Hitsugi, não tem ninguém em casa. Me deixa ouvir...
- Ah.. Jun... – ele me dava leves beijos no pescoço e abria a minha blusa com uma das mãos livre enquanto a outra prendia a minha nuca pra que eu não me mexesse, ele sabia como me prender pra que eu não escapasse dele dessa vez.

Quando minha blusa já estava totalmente aberta, ele me olhou comecei a caçar o lençol da cama para me cobrir mas apesar do tamanho ele era mais forte que eu.

- Não Hit, eu quero ver você e o seu corpo todinho – Yomi se abaixou ate a altura do meu peito e começou a me beijar e me morder de leve, chegando perto do meu mamilo ele começou a sugá-lo, lambe-lo e morde-lo e eu gemia e me contorcia de prazer.
- Yomiiiiiii......... ah..... ES-es-espera.... espera...
- O que foi? Você não quer?
- Não e isso. E que eu.... eu nunca....
- e você acha que eu não sei disso. Se eu soubesse já teria ido direto ao ponto. Eu estou te preparando.
- Desculpa.
- Pelo que?
- Se eu fosse mais experiente não ia te dar esse trabalho todo.
- Nem pensar. Eu jamais poderia aceitar que outro homem tivesse tocado você muito menos uma mulher. Eu quero você assim inexperiente por que assim eu tenho certeza de que você esta sendo somente meu.
- Mas...
- Não Mitsuo, isso não vai ser do jeito que você esta pensando eu vu esperar você estar pronto.
- Eu estou!
- Não, não esta. E eu não me importo. Eu vou te esperar. E não quero que você me obrigue a isso com você. Por favor.

Eu o olhava incrédulo yomi estava realmente sendo um cavalheiro comigo, apesar da situação ser diferente do que seria se eu fosse uma menina e não um menino.

- Então... – ele saiu de cima de mim e eu senti falta do corpo dele. - o que quer fazer agora?
- Eu... posso te abraçar?
- você não precisa perguntar né...

Eu o abracei e não me lembro exatamente como eu adormeci, com o calor do corpo e o cheiro de Yomi.

- Mitsuo... filho acorda!
- Hã – levantei no susto. - Mãe?
- Esta na hora de jantar e você nem fez o dever de casa. Sente agora e fça logo o jantar esta servido mas não faça isso de novo. Agora ficara sem a hora dos estudos.
- Sim mãe.
- Francamente filho você anda muito estranho. Mas... me conte como ela e?
- ela? Que ela?
- Ora a menina por quem está apaixonado, ela e bonita? E de boa família?
- Ah bom quanto a isso, eu não quero falar sobre isso agora.
- E por que não?
- Por que ainda e muito recente pra dizer se estou apaixonado ou não.
- Esta bem, mas não exite em falar comigo ta?
- ta bom.

Assim que ela saiu me senti triste eu nem tive a chance de me despedir dele, com certeza ele deve ter saído correndo assim que minha mãe chegou...

- em senti mal agora.
- Yomi?!
- Não o fantasma do natal passado. – ele tentou fazer uma voz assustadora. – nhaaa claro você achou que eu iria embora sem um beijo.
- Eu-

Novamente eu senti os lábios de Yomi tocarem os meus com uma suavidade inicial pra que eu não me assustasse mas depois era quase como se ele quisesse me devorar, tira minha alma de dentro do meu corpo pra que ele pudesse fazer com ela o que não se podia fazer com o corpo. Ah como eu adorava beija-lo.

- Agora eu vou embora. – ele já estava indo quando eu o segurei. Ele parou e eu o abracei por trás dizendo
- Fique aqui comigo, dorme aqui em casa.
- Eu posso?
- Sim.
- então eu volto depois do jantar. Ta bom?
- Ta.

Ele se foi pela janela, já tinha ate me esquecido que tinha uma escada entre o meu quarto e o quarto dele. Quando éramos pequenos usávamos muito mas depois que fiquei fora paramos de usa-la. Agora se tornou uma coisa bem útil.

Depois do jantar...

- Mitsuo você esta ai eu-

Ai cara que vergonha eu estava trocando de roupa do banho estava so de calça e sem blusa na frente do Yomi. E agora o que eu faço a minha camisa estava do outro lado do quarto encostada no cabideiro como eu iria... corri e ele tambem mas tenho mesmo que dizer quem foi mais rápido.

Eu fui arremessado na cama, e yomi estava em cima de mim vislumbrado com o que via...

- Você e lindo – sua voz estava rouca de desejo
- Yomi... eu...
- shh! Me beija.

Yomi pedia e eu obedecia me senti preso em um Hentai onde o mestre manda e a criada obedece, so espero que ele não me obrigue a me vestir de empregada.

A cada minuto que passava Yomi ficava cada vez mais e mais excitado acima de mim, será que isso iria resultar em um adiantamento dos planos, será que ele perderia o controle ou... ou...

- Ah Jun... Jun... Jun! – eu já não estava mais conseguindo me controlar. Iria rolar eu sabia que ia, mas não queria que fosse daquele jeito.
- Mitsuo, você faz idéia do quanto e bom, do quanto eu sinto vontade do seu gosto, do quanto eu o desejo. Eu sonho com você todas as noites e todos os dias, cada beijo que eu dava queria que fosse você, cada corpo que eu tocava queria que fosse o seu... e agora eu posso te-lo quando eu quiser sem temer a sua rejeição ou seu desafeto. Eu sei que parece que eu perco o controle admito que as vezes me sinto tentado a avançar com você. Mas... pode ter certeza de que você que ira me procurar.
- Jun... eu te amo.
- Eu te amo Mitsuo.
- Me beija Jun.
- Claro que sim.

Depois de vários toques e carinhos beijos e chupões caímos no sono e dormimos abraçados na minha cama, apesar de ter lutado contra o sono e de estar com medo de dormir Jun me acalmou como sempre.

- O que foi?
- Na-nada.
- Então durma precisa descansar.
- Eu... eu to com medo de dormir.
- Por quê?
- Por que eu tenho medo de acordar amanha e você não estar mais aqui, de tudo que aconteceu hoje ter sido apenas um sonho e amanha tudo vai voltar a ser como era antes, você e a Mayumi juntos e felizes e eu solitário vendo tudo de longe...
- Isso não vai acontecer por que isso não e um sonho.
- Então promete.
- Prometer o que?
- Promete que você vai estar aqui amanha quando eu acordar promete que você não vai mais embora que você não vai mais me abandonar.
- Eu prometo. Agora descanse meu amor, durma que eu vou estar aqui.
- Ta... mas... eu... – adormeci antes que eu pudesse perceber, a ultima coisa que ouvi foi um...
- Eu te amo Mitsuo.

Também te amo Jun pra sempre e sempre.
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Chuva de Primavera. Empty Re: Chuva de Primavera.

Mensagem  Satoru Alice Dom maio 16, 2010 12:12 am

Capitulo 3

O tempo sempre voa quando precisamos que ele pare, sempre pensei assim por que, parecia que eu sempre ia morrer e o tempo resolvia correr com isso. Mas agora que eu mais queria viver, que eu mais precisava de tempo eu comecei a adoecer mais rápido a cada dia eu me sentia mais fraco, então resolvi fazer algumas seções de quimioterapia sem dizer e claro o estagio do meu câncer. Mas senti a grande perda de cabelos. Eu já não tinha muito se perdesse o pouco que eu tinha ia ser pior ainda.

Parei então resolvi disfarçar um pouco isso...

- Mas o que é esse monte de cobra colorida na sua cabeça!
- O nome disso e Dreads Yomi.
- Não me interessa se o nome e Dreads ou Dreams, por que você fez isso? Já não bastava os piercings.
- Nhaa eu quis mudar por que você não gostou?
- Hmm, não e isso e so que... espera...

Yomi agarrou os meus dreads pela nuca o que me fez estremecer, e puxou minha cabeça pra trás devo confessar que mesmo sentindo uma dor chata foi excitante.

- Gostei.... gostei muuuito. Pode me ser útil esses seus macarrõezinhos.
- Para de chamar de macarrõezinhos.
- Ta, ta bom, então vamos pra escola?
- Vamos.

O dia correu bem, mas... nunca esperei que houvesse alguém me espiando durante aquele dia...

Chegando em casa...

- Espera. – disse Yomi me segurando pelo braço. – essa noite quer que eu durma com você de novo?
- Quero. – respondi, tentando fazer um tom meio safado, sem muita sorte.
- então ta ate a noite.
- Ate.

Yomi não tinha noção do perigo que corríamos e nem eu e claro, mas parecia algo tão inocente, e de repente tudo mudou minha vida, minha historia tudo estava rumando para o fim... inclusive a minha vida.

Entrei em casa e me senti muito cansado mais do que o normal e pra piorar ainda tive que ouvir da minha mãe, a coisa mais triste da minha vida.

- Você esta com aquele menino não esta?
- O que?
- Com o filho do Chiba?
- O que tem ele?
- Vocês estão juntos não é?
- Bom, sim freqüentamos a mesma escola ele e meu vizinho e meu melhor amigo então-
- Não insulte a minha inteligência Mitsuo!
- Mas eu não estou te entendendo-
- Eu vi! Vi vocês dois juntos, bem juntinhos e... e...
- e.... agora fala! O que a senhora viu?!
- Vocês estavam se beijando!
- E daí?!
- Isso não esta certo Mitsuo vocês são homens por favor!
- E daí! A senhora sente vergonha de mim agora! So por que o seu filho perfeito não gosta de mulheres e isso. OTIMO! Eu não sou perfeito e estou cansado de fingir isso! Eu AMO o Jun mãe EU... O... AMO! Entendeu!
- Mas não pode!
- E quem vai me impedir. A senhora?
- Sim, eu! Isso e falta de figura paterna! Quando seu pai morreu tive medo disso acontecer mas você nunca se mostrou... mais...
- Afeminado? Eu não sou desse tipo mãe eu não tenho atração por nenhum outro homem a não ser o Jun eu não saio na rua e fico me exibindo pra todos os caras que passam e também não gosto disso! Eu amo somente um homem e o nome dele e Chiba Jun!
- SAIA DA MINHA CASA!

Eu fiquei estático...

- O que?
- SAIA... da... minha... CASA!
- Mas... onde eu vou morar?
- More na casa dele ou em qualquer outro lugar aqui você não mora mais!
- Mas mãe eu não tenho pra onde ir?
- Não me interessa você não e mais meu filho.

E isso foi um choque muito grande ser expulso de casa por amar alguém, estranho não? Talvez se eu tivesse matado alguém ou roubado algo ela teria passado a mão na minha cabeça e dito que tudo bem mas não. Eu amava outro homem e ela jamais aceitaria um defeito no filho dela, então se amar Jun era um defeito morreria assim.

- Esta bem vou apenas pegar algumas coisas e-
- Não! Você não vai levar nada, tudo que esta naquele quarto fui eu que comprei e eu sou dona de tudo por tanto você vai sair assim como esta e se sinta satisfeito deu não te expulsar nu!
- Esta bem. Então ate.
- Adeus.

Eu sai apavorado com medo eu nunca havia me sentido tão sozinho antes, pensei em ir pra casa do Jun mas seria muito ruim se o pai dele estivesse La, então fui ao parque da cidade dei uma volta, esperava que minha mãe me ligasse e perguntasse por que não voltei pra casa ainda. Que já devia saber que quando ela esta nervosa ela so fala besteira. Mas ela não me ligou, ninguém me ligou.

Então senti em um banco e liguei para Jun...

- Mochi-Mochi?
- Jun... – minha voz era fraca e quase inaudível – pode vir ate o parque por favor...
- Mitsuo o que houve?
- Vem pra Ca – eu comecei a chorar o desespero tomou conta de mim. – por favor você e minha ultima esperança... socorro.

Em menos de dois minutos Jun estava ali com o carro do pai dele e aflito muito aflito, e ao me ver chorar se desesperou.

- Mitsuo! – ele correu ate onde eu estava. – Mitsuo o que houve? Por que esta aqui chorando?
- Ela descobriu e me expulsou de casa – eu já não me importava mais se estava chorando ou não.
- O que quem descobriu o que?
- A minha mãe descobriu sobre a gente e em expulsou de casa! Ela não deixou nem eu pegar roupas ou algo assim. Nada eu so estou com isso uniforme e so o que eu tenho e nem mais filho dela eu sou.

As palavras saltavam da minha boca, e juro que se não estivesse falando com Yomi ninguém me entenderia.

- Ta tudo bem vem vamos pra casa.
- Que casa! Jun você não me ouviu! Eu não tenho mais casa! Eu não tenho mais nome! Eu não tenho mais mãe! Eu não tenho mais nada!
- Isso não e verdade você ainda tem a mim e eu nunca vou te deixar! Mitsuo eu nunca vou te deixar.

Ele colou a testa na minha e me prometia repetidas vezes que nunca ia me abandonar, Jun como eu te amava parecia que no mundo você era o que mais se importava comigo do que com si mesmo.

- Vamos eu vou te levar pra casa.
- Não adianta ela não vai me aceitar a não ser que eu deixe você, e eu não vou fazer isso.
- Eu disse que vou te levar pra casa não disse. Mas eu nunca disse que ia te levar pra sua casa! Vamos pra minha casa!
- Não eu não quero que você tenha problemas com o seu pai por minha causa.
- Meu pai.... hahahhah Mitsuo você acha mesmo que meu pai não sabe. Ele sabia antes mesmo deu ficar sabendo. Vai dar tudo certo eu prometo pra você. Eu já quebrei alguma promessa que eu te fiz?
- Não... - respondi quase sem voz.
- Então – ele levantou meu rosto pra que eu o fitasse – eu prometo.

Yomi... meu Jun.... como eu te amava....

Chegando na casa dele....

- Sakura-kun, Sakura-kun
- Hai Jun-sama
- Por favor prepare o quarto que era da minha mãe para o Mitsuo.
- Sim senhor
- Mas Jun o quarto da sua... Mae?
- Sim e que antes de se divorciarem minha mãe e meu pai ainda moravam na mesma casa então dormiam em quartos diferentes, mas o quarto dela e muito confortável.
- Senhor deseja mais algumas coisa?
- Sim pegue aquelas porcarias que minha mãe estocava e coloque no banheiro na cabeceira... bom você sabe.
- Sim senhor. Com licença.
- Estocava?
- e que minha mãe sempre comprava muitos sais de banho, cremes essas porcarias, mas ate que tem umas coisas úteis ai quando temos visitas eu coloco no quarto pra pessoa usar antes que estrague.
- Jun ouvi sua voz... Mitsuo-kun

Alguns minutos depois...

- Ela te expulsou de casa! Que mulher maluca eu vou La falar com ela.
- Não será necessário Chiba-sama eu não quero causar confusão, ela não vai ouvir ninguém, e se o senhor não se importar que eu fique uns dois ou três dias ate ela se acalmar.
- Por mim você pode ficar a vida toda aqui. Mas aquela sua mãe tem que ouvir umas verdades.

.....................

- Nossa que quarto lindo tem certeza que- - Jun me abraçou por trás e começou a me beijar o pescoço e os ombros.
- Vem Ca.... eu quero te acalmar...

Jun tinha uma voz rouca de paixão e desejo e eu me sentia feliz e nervoso, feliz por estar sendo eu o causador de toda aquela mudança e nervoso por que talvez fossemos dar um passo mais serio em algo que acabamos de começar. Mas já fui expulso de casa por causa dele, e não volto atrás nisso e alem de tudo ele ainda me deixa morar na casa dele.

Jun não parou de me beijar e me acariciar, rapidamente ele foi se livrando da minha camisa e em seguida foi abrindo o zíper da minha calça, mas ao mesmo tempo eu me livrava de suas roupas também.

- Mitsuo... eu te quero... – ele sussurrava em meu ouvido
- Eu... também quero... – eu respondia na mesma intensidade.
- Faz amor comigo... – ele me pedia
- Sim – por que não. Eu já pertencia à ele.

Yomi continuou a me acariciar e me beijar quando eu vi já estávamos em sua cama trocando beijos caricias promessas ate que estávamos completamente nus, e nos amando. Quando chegamos ao ponto crucial daquela noite

- Mitsuo se você não estiver pronto eu vou entender.
- Não Jun eu quero ir ate o fim com você. Por favor, faça...
- Faça...
- Faça amor comigo.
- Me promete que se doer você vai me dizer?
- Sim eu prometo.

Jun foi bem carinhoso em todos os momentos, mesmo quando eu sentia que estava muito rápido pra mim ele fazia questão de diminuir o ritmo pra me acompanhar nessa hora eu queria fazer do jeito dele, mas sabia que seria impossível eu... tive medo.

- Mitsuo, por que esta se contraindo desse jeito assim você vai sentir muita dor amor.
- Eu... estou com... medo Jun.
- Então vamos parar por aqui.
- Não! Não e isso! E so que eu tenho medo de decepcionar você.
- Você? Me decepcionar, isso nunca vai acontecer.
- Mas...
- Ssshhhh, não diz nada Mitsuo, apenas relaxe e me deixe fazer o meu trabalho ok?
- Ta bom...

Mas desculpe-me leitor eu não vou entrar em mais detalhes da minha primeira vez com o Jun por que... bom essa e a única coisa que eu vou manter em segredo já que eu posso fazer isso.

Alguns minutos depois...

- Jun... O que te alegra todos os dias? O que te faz querer se levantar.
- Saber que verei você assim que acordar e saber que você será a ultima coisa que eu verei antes de ir dormir.
- Gostaria de saber como eu vou pra escola amanha?
- E fácil! Vamos ate o seu quarto pegar as suas coisas!
- Como? Esqueceu que eu não posso passar pela porta a minha mãe nunca vai deixar isso rolar.
- e quem disse que vamos entrar pela porta?
- Hã?

Yomi usou a escada que usava pra entrar no meu quarto durante a noite pra pegar as minhas coisas dentro do quarto.

- Não sabia que você sabia onde ficavam as minhas coisas.
- Você acha que eu passava o dia fazendo o que?

Jun era um amor comigo, ele era o meu sonho em realidade pura eu não estava dormindo eu estava acordado eu estava com ele. E nada ia mudar isso, nem mesmo a minha dura realidade.

No dia seguinte...

- Vamos Mitsuo já está pronto?
- Sim, desculpa e que eu não consegui dormir direito.
- Ficou pensando na sua mãe?
- Não, e que eu não sabia que ia dormir com uma criança, você se meche muito!
- E que eu não consegui dormir.
- Por que? Algum problema?
- Sim, você.
- Eu?
- Sim, o seu cheiro não me deixava dormir, e o seu calor eu tinha vontade era de te agarrar e fazer você repetir tudo que disse antes pra mim.
- Nem me faça lembrar do que eu disse.
- Por que você disse que me amava e queria mais de mim que vergonha há nisso?
- Eu...
- Nhaa meu menino não liga pra isso. Vamos pra escola.

Mas o que eu não sabia era que seria muito difícil pra mim olhar pra minha mãe de novo, não sabia o quanto eu a tinha magoado e decepcionado.

Quando eu cheguei na escola houve cochichos e cochichos que eu não entendi, pensei que talvez as pessoas tenham percebido que eu e Jun já não éramos mais so amigos, e sim mais que isso. Mas não era muito pior era somente... eu.

- Ué?
- O que foi?
- O meu sapato não esta aqui!
- Como assim?
- Não esta, olha ta vazio!
- Vamos ate a recepção ver o que houve.

Mas chegando La eu tive a pior noticia da minha vida, o que podia ser pior que ser odiado pela sua própria mãe? Ser morto por ela.

- Mitsuo-san?! – moça da recepção parecia que estava vendo um fantasma.
- O que houve senhora eu não encontro os meus sapatos no meu armário?
- O senhor esta vivo Mitsuo-san?
- Mas e claro que estou! Que pergunta e essa?
- A senhora sua mãe ligou dizendo que o senhor estava morto!

Aquilo caiu como uma pedra em cima de mim, minha mãe havia me matado. Pra todos os filho dela estava morto, era isso que significava estar fora da casa dela, era isso que significava não ser mais filho dela, era isso que significava amar o Jun! era estar morto! Mas eu so fiz isso pra me sentir vivo pela primeira vez, então por que agora as pessoas querem me matar! Por que agora que eu quero viver as pessoas que eu mais amo querem me ver morto.

- Mitsuo vamos. Vamos vem comigo.

Jun praticamente me carregou dali, eu so queria chorar. Não podia mais entrar em casa não podia mais estudar o que eu ia fazer da minha vida.

- Jun... – eu gemia de dor, de sofrimento, de terror pra onde eu iria deli. O que eu faria da minha vida.
- Tudo bem amor vou pagar um taxi e vou ligar pra Sakura-kun você vai pra casa e vai me esperar.
- Não quero ficar longe de você...
- Ta então vamos pra casa eu já não tava a fim de ficar aqui na escola mesmo.

Chegamos em casa rapidamente e eu não estava nesse mundo ainda, eu estava preso em um pesadelo no qual eu não me importaria de ser acordado do qual eu faria de tudo pra acordar.

- eu quero acordar! Eu não quero mais viver esse pesadelo. Jun me acorda!
- Calma meu amor vai dar tudo certo! Você vai ver vai ficar tudo bem eu estou com você, eu não vou te abandonar nunca eu vou estar sempre com você.
-Jun... me abraça.

Agora justo agora que eu não ia mas poder ficar com ele, ele e quem mais esta do meu lado e ela sempre exigiu rios de mim eu so queria ser feliz e pra isso eu precisava estar perto de quem eu amava enquanto eu estava bem ela trabalhava que eu nem a via e quando adoecia ela era a mãe modelo.

Mas mesmo assim estar morto pra alguém era duro, mas quem sabe assim não seria mais fácil pra ela depois que eu realmente não estivesse mais aqui

- Mitsuo eu prometo pra você que nada nunca vai te faltar, eu vou cuidar de você.
- Jun eu não quero o seu dinheiro.
- Mas eu não vou te dar o meu dinheiro eu vou ficar com você e será o nosso dinheiro.
- Do que você esta falando?
- Mitsuo você aceita se casar comigo?
- Jun...

Ele olhava fixamente em meus olhos, não estava de brincadeira. E eu me senti preso num paralelo entre um sonho e um pesadelo, por um lado eu tinha o Jun que me amava de verdade e estava do meu lado pra tudo e do outro lado eu tinha a minha mãe que me assassinou.

- Mitsuo?
- eu... eu... – o que dizer, ele estava me oferecendo tudo que eu sempre quis... – Hai, eu aceito Jun, eu aceito me casar com você.

Os olhos de Jun se encheram de alegria e lagrimas de pura felicidade, ele me abraçou e eu a ele, e so pra vocês saberem eu não fiquei so no pedido não teve ate aliança que ele comprou pra mim. Foi tudo feito como devia ate mesmo algo que eu não queria ele fez e eu so fiquei sabendo muito tempo depois.

........................................
POV’s do Yomi

Eu fui ate La so pra jogar na cara dela que ele nunca mais ia precisar dela também. Apesar deu saber que ele ainda a amava muito eu precisava faze-la se ligar de que ela ia perder o filho dela de verdade. E que eu não ia devolvê-lo pra ela nunca mais se ela não tomasse uma atitude adulta.

Nem me dei ao trabalho de bater na porta eu usei a chave do Mitsuo como ela esperava que ele voltasse provavelmente não trocaria e não trocou a fechadura da porta. Quando ela me viu tomou um susto e devo dizer que quem realmente tomou um susto fui eu, acostumado a vê-la sempre arrumada e maquiada com roupas elegantes e finas vê-la em um hobie com uma calça comprida de moletom sem maquiagem foi de arrepiar.

- O que esta fazendo aqui na minha casa, seu imprestável!
- Continua uma flor de gentileza né Ikari-sama.
- Ora cale-se e saia daqui.
- Bom so eu vim aqui cumprir uma formalidade.
- Formalidade?
- Sim, quando se começa a namorar alguém se deve apresentar-se formalmente aos pais então... eu Chiba Jun o namorado do seu filho.
- Não sei do que você esta falando eu não tenho filho, e se tivesse ele namoraria uma menina e não um rapaz, agora se me der licença
- Mas eu ainda não terminei – ela se deve na subida da escada. – Eu vim aqui por que eu pedi o seu filho em casamento e ele aceitou. Então nos vamos nos casar daqui a uma semana e esperamos que senhora compareça.
- Nenhuma igreja vai aceitar vocês.
- Não vamos nos casar na igreja ate por que não será necessário será uma cerimônia simples e os convites foram enviados as pessoas mais chegadas. E não se preocupe o Mitsuo não vai se vestir de noiva pode ficar tranqüila vamos usar roupas simples.
- Eu não sei do que você esta falando eu não tenho filho, já disse.
- Para de renegar a única coisa que Kami-sama deixou pra senhora! E uma velha amargurada e esta perdendo o único ser que te ama de verdade e apesar de tudo que a senhora fez pra ele, ele ainda espera que a senhora va ate ele e o aceite de volta como seu filho! Então e melhor a senhora não perder o casamento dele por que será o único!

E sai batendo a porta, disse tudo o que queria sentia-me ate mais leve e capaz. Eu agora não devia mais nada praquela mulher mas apesar de tudo eu ia cuidar muito bem do filho dela. Será que era por isso que ela não estava tão preocupada.

Bom eu nunca vou saber eu acho...

Uma semana depois...

A cerimônia fio simples e tranqüila apesar de ter poucas pessoas eu estava feliz por estar me unindo ao Jun, não leito eu não estava vestido de noiva estava de calço comprida jeans preta, camisa branca com um casaco preto, e o Jun? ele estava divino usava um terno simples mas lindo. E bom como sempre ele e o exagerado.

- Pelo poder investido em mim pela cidade de Tokyo eu os declaro: casados. Os noivos podem se beijar.
- Ah que isso eu...
- Mitsuo! É o nosso casamento eu faço questão!
- Mas... ta um selinho.
- Mas e claro que... – Jun me enlaçou pela cintura e disse – não.

Ele me beijou na frente daquele monte de gente e do juiz principalmente, como se estivéssemos sozinhos e eu não pude nem resistir, tudo havia desaparecido. Mas não sei por que eu acabei abrindo os olhos durante o beijo me deparando com... mãe?

Ela chorava, e seus olhos era um misto de tristeza e felicidade, não sei como mas ela tinha esse brilho no olhar. Mas logo em seguida Jun colocou aquele meteoro que ele chama de cabeça na minha frente e não há vi mais depois disso. Era uma miragem afinal ela nunca viria ao meu casamento com o Jun, eu estava morto pra ela.

Fomos cumprimentar os convidados quando Jun me disse que bom tinha que ir ao banheiro, fiquei feliz por ele ter me dito isso baixinho isso prova o quanto ele mudou e...

- Eu vou ao banheiro dar uma mijada! – falou pra um dos convidados que provavelmente deve ter perguntado aonde ele ia.

Certas coisas nunca mudam né...


........................................

POV’s do Yomi

- A senhora não vai falar com ele? – eu dizia para a mãe de Mitsuo.
- Não eu... não quero estragar o dia dele e eu nem sei o que dizer. Por enquanto eu vou permanecer de longe.
- entendo e orgulhosa demais pra admitir que errou. Não e?
- Na verdade eu já admiti isso pra mim mesma o que e o mais difícil, eu não estou pronta e pra receber o perdão dele. Por que eu... acho que não o mereço ainda.
- Pelo menos concordamos em alguma coisa.
- Jun-san eu sei que temos nossas diferenças e que... talvez nos nunca nos entenderemos mas eu lhe imploro que cuide do meu menino. Ele e tão frágil e se quebra com tanta facilidade, o mundo será mais duro com vocês. Então por favor cuide dele.
- Mas e claro que sim a senhora não precisava nem pedir isso. Mas fico feliz por a senhora depositar a sua confiança em mim. E saiba que será bem-vinda em nossa casa quando quiser.
- Diga a ele que eu o amo sempre. Adeus Jun.
- Sim eu direi. Adeus Ikari-sama.

Ela se foi e so retornei a vê-la alguns anos depois.

........................................

Não sei por que mas... naquele dia eu senti a presença da minha mãe comigo, era como se ela estivesse estado ali. Do meu lado. O tempo todo e nunca me arrependi de ter me casado com o Jun.

2 anos depois...

Já haviam se passado dois anos desde que eu e Jun nos casamos, nos estávamos em um pequeno apartamento em Tokyo e Jun havia, quem diria, passado pra faculdade de medicina, ate hoje eu não acredito.

Mas ele estuda muito e se dedica bastante chega em casa cansado e bom eu estou sempre pronto pro que der e vier. Eu e Jun saímos sempre que podemos, e nos divertimos muito mas sempre há o dia do acerto de contas e os Shinigamis nunca deixam um nome sequer passar na lista e o meu já estava La a muito tempo. Tempo demais eu diria.

Foi em um dia de sol de um começo de primavera que eu comecei a me sentir mal, sempre muito cansado, Jun costumava brincar dizendo que eu já estava virando uma dona de casa preguiçosa. E devo dizer que virei mesmo sempre que Jun chegava eu o recebia na porta mas depois de um tempo eu parei e sempre que ele chegava em casa eu estava dormindo.

Jun não era burro sabia que algo estava errado, principalmente quando ele disse pra eu ir a um medico e eu mudei de assunto brincando dizendo que eu já tinha um não precisava procurar outro. Mas isso sempre se repetia. So que... se eu fosse não medico ele iria dizer ao Jun o que eu tenho e ai sim seria um problema muito serio.

Ate que um dia....

........................................

POV’s do Yomi

- Tadaima... – novamente chego em casa sem ouvir a voz de Mitsuo. So que dessa vez imaginei que ele estivesse em outro lugar da casa já que o forno estava ligado. Mas... me enganei quando fui a cozinha – MITUSO!

Ele estava desmaiado no chão da cozinha mas acordou com o meu grito.

- Oi Jun desculpa eu acho que cochilei e... – ele desmaiou de novo estava fraco e pálido e eu estava morrendo junto com ele.
- Agora chega vamos à um medico agora!

Coloquei-o dentro do carro e saímos eu não ia deixar que ele ficasse assim doente sem saber o que era. Mas ao descobrir eu me senti péssimo. Como não vi antes os sintomas eram claros e tudo levava a um único fato que ele tinha essa doença mas eu nunca poderia aceitar que o meu menino perfeito estivesse doente de novo e pior que dessa vez eu fosse perde-lo pra sempre.

........................................

Quando acordei Jun estava ao meu lado. Parecia que eu tinha 7 anos de novo, que logo uma enfermeira ia entrar e chamar a minha mãe. Passei a mão pelo rosto e senti falta de algo, onde estavam os meus priecings? Então pensei se realmente eu não havia voltado no tempo. Mas logo senti os buracos dos piercings lábias e lembrei que não hospital eles tiram tudo de você.

- Mitsuo você acordou? Que bom.
- Nha Jun me leva pra casa eu não quero ficar aqui.
- Mitsuo por que não me contou?
- O que?
- Que estava doente?
- Como assim eu...
- Não mente pra mim!
- Jun...
- Eu te amo, eu casei com você te contei coisas boas coisas ruins e você nunca me disse que tinha CANCER? Por que você achou que era um detalhe.
- Não Jun! eu...
- Você achou que eu não fosse merecedor de saber disso! Então por que decidiu passar o resto da sua vida comigo. Por que você sabia que seria curto o tempo e logo você não precisaria mais de mim? Por que você so queria se casar antes de morre!
- NÃO!
- Então por que?!
- POR QUE EU NÃO QUERIA QUE VOCE SOFRESSE!
- EU TE AMO PORRA COMO VOCE NÃO QUER QUE EU SOFRA!

Chorávamos e gritávamos um com o outro como dois idiotas por que o que na verdade queríamos que tudo não passasse de uma brincadeira e que fossemos pra casa e nada daquilo seria verdade. Ou que ao menos passássemos por cima daquilo juntos e não brigando.

- Eu não quero mais uma vida artificial Jun.
- O que?
- Eu quero morrer.
- Cala a boca se não eu te mato!
- Você não entende Jun, tudo que eu queria era viver por que queria ficar com você, e depois que eu consegui eu tive essa doença isso e um sinal de que agora e a hora de ir pra sempre. Chega de fugir do meu destino. Você Jun foi o anjo que me salvou uma vez, mas agora eu quero ir. Entenda por favor. Eu preciso ir.
- Como você quer que eu entenda? Como você quer que eu deixe você ir assim?! Eu te amo quero você comigo!
- Não seja egoísta Jun. eu não posso ficar não há tratamento pro meu grau de câncer então para, e me deixa ir. Eu quero passar o fim dos meus dias com você, na nossa casa.
- Mitsuo, eu... eu... vou sentir a sua falta.
- Eu vou estar esperando você.

Quando o medico me deu “alta”, na verdade eu fui meio no “to indo embora”. E com isso eu tive a maior surpresa da minha vida eu a reencontrei... ela... a única mulher da minha vida... ela... minha mãe.

- MAE! – me senti criança de novo nos braços dela.
- Meu filho eu estou com você como sempre, trabalhei enquanto você estava bem e agora venho como mãe exemplo, incrível como eu so apareço quando você menos precisa de verdade de mim. Mas eu estou aqui de coração dessa vez e não vou te obrigar a fazer nenhum tratamento, a sua vida inteira foi do meu jeito esta hora que viver do seu jeito.
- Obrigado mãe! Obrigado Jun.

O foram o 2 meses mais felizes da minha vida nesse tempo eu e Jun entramos com um pedido de adoção de um menino que era um amor. Lutamos e batalhamos juntos.

E minha mãe foi a melhor enfermeira que eu tive, Jun estava sempre estudando mas ao mesmo tempo nunca me deixou e minha mãe alem de tomar conta da casa tomava conta de mim.

Eu não podia ser mais feliz. No dia 05 de maio eu fui internado mas não sobrevivi. Eu morri no dia de meu nascimento. Estranhamente nesse dia o juiz deu a guarda do Aiki pra mim e pro Jun, no mesmo dia minha mãe voltou pra casa sem dizer nada pra ninguém, nesse mesmo dia Jun estava chegando com o a noticia quando eu estava no sofá partindo desse mundo para o outro.

Não me arrependo de nada do que fiz em vida. Tudo foi preciso e com um motivo. E acima de tudo eu amei Chiba Jun com toda a intensidade que eu queria que tivesse sido e eu espero por ele aqui do outro lado. Não agora mas quando chegar a hora dele.

5 anos depois...
- Doutor a uma senhora aqui querendo vê-la.
- ela tem hora marcada?
- Não doutor mas espero que o senhor possa me atender.
- Ikari-sama? Por favor cancele todos os meus compromissos – disse Jun a enfermeira.
- Sim doutor.

Ele tirou o jaleco e disse.

- Venha comigo.

Ela seguiu ate onde era nossa casa que continua sendo a casa dele.

- Tadaima.
- Oto-san! – o nosso menino Aki correu em sua direção.
- Esse e o Aki Ikari-sama.
- Ola Aki. Você sabe quem eu sou?
- Não. – disse acuado as pernas de Jun.
- Ela e sua avo Aki.
- Ela e sua mãe?
- Não ela e... mãe do Mitsuo.
- Oba-chan – ele a abraçou como se já soubesse quem ela era so com isso.

De La de cima eu observava tudo muito feliz, queria minha família unida pra sempre, assim como se eu ainda estivesse La.

- Eu prometo que vou vir visita-lo sempre.
- Aki! Ah Chiba-sama não sabia que tinha chegado.
- Mayumi prepare um cha pra todos sim.
- Claro.
- ela e sua esposa?
- Ah não. Ela so e baba do meu filho so isso.
- Vovó vem eu vou te mostrar a minha coleção de carrinhos.

Jun deu um passo a frente mas sentiu uma pontada no coração... não meu caro leitor a hora de Jun ainda não chegou.

Jun ainda vivera 3 anos com nosso filho e fará o parto dos filhos de Mayumi. E vera ainda a morte de seu pai, alem de ver o Aki chegar ao ginásio e terá também o enterro de minha mãe. E ai sim a hora dele começara a se aproximar, mas ate La eu estarei aqui esperando por ele. Ansiosamente para sentir o gosto de seus lábios, e o calor de sua alma completara a minha e quem sabe nesse mundo tão grande não voltemos a nos encontrar.

Jun estarei te esperando não tenha pressa a eternidade e longa e você ainda tem que cuidar de nosso filho e de minha mãe. Conto com você pra cuidar de minhas jóias preciosas. Eu te amo Jun. Meu pequeno anjo. Meu amado.

E eternamente meu Chiba Jun. Eu te amarei.
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Chuva de Primavera. Empty ~Extra~

Mensagem  Satoru Alice Dom maio 16, 2010 12:37 am

10 anos depois...


Depois da morte do meu amado Mitsuo eu cuidei plenamente do nosso filho Aki e de sua mãe, mas mesmo assim a vida humana vem com um prazo de validade e tem um dia que ela chega ao fim.

Meu pai foi primeiro, de forma mais triste foi definhando aos poucos rápido demais pra sua idade, em seguida foi a vez da mãe de Mitsuo ir sem antes claro ter a alegria de ver meu filho e seu neto entrar no ginásio e Mayumi ter seu primeiro filho. Ai sim ela se foi.

Todos os meus bens mais preciosos se foram restando apenas meu filho. O que mais eu poderia querer, tenho uma boa carreira como medico, e busco a cura e a saúde de meus pacientes enquanto tenho que ser pai, patrão e viúvo. Sim, viúvo por que ninguém consegu7iu ocupar o lugar de Mitsuo na minha vida.

E agora sentado aqui no escuro da sala sinto que minha missão esta cumprida, apesar de ter uma pessoa que precisa de mim eu já deixei tudo encaminhado.

- Eu estou pronto.
- Que bom.
- Por que demorou tanto?
- Mesmo na hora mais importante da sua vida, você so sabe reclamar.
- Se não, não seria eu.
- Tem razão e foi por esse motivo que eu me apaixonei por você.
- Eu queria poder fazer amor com você.
- Teremos mais que isso no paraíso.
- E eu sei. Mas ainda sim queria.
- Não nego que sinto saudades de seu toque mais agora teremos a eternidade pra colocar tudo em dia.
- Mas agora eu sou mais velho que você.
- O espírito não envelhece Jun.
- Me leve, Mitsuo.

Ele me deu sua mão, e ela estava fria muito fria. Mas assim que eu sai da casca eu pude sentir o seu calor, como sua alma era quentinha e acolhedora.

- Agora vamos, a eternidade nos espera.
- Calma ai. Você ainda quer ficar comigo pela eternidade?
- Jun eu te esperei todo esse tempo. So pra passar a eternidade do seu lado.
- Eu também. Mitsuo. Me beije.

Estranho dizer mas era um beijo não tínhamos mais lábios mas nossas almas se completavam. Então não fazia diferença. Eu não abriria mão de certos costumes humanos por um bom tempo.

Mitsuo tinha razão nosso beijo foi muito melhor que uma noite de amor.

- Acho que posso me acostumar com isso.
- Você acha?
- Tenho certeza eu vou. Se voe estiver comigo.
- Estarei pra sempre.
- Eu te amo meu Hitsugi.
- Eu te amo meu Yomi.
- Quanto tempo dura a eternidade?
- Tempo suficiente pra você enjoar de mim.
- Então vai ser muuuuuuiiiiiiiiiitoooo tempo por que isso e impossível de acontecer.

A eternidade e um tempo que não se conta pelos dias, mas sim pelos momentos inesquecíveis que se passa nele e que ficam gravados em você pra sempre.

Chiba Jun – Yomi.

A felicidade não se conta pelas vezes que você sorri mas sim por cada lagrima que alguém seca no seu rosto e cada vez que isso se torna motivo da sua felicidade.

Ikari Mitsuo – Hitsugi.
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Chuva de Primavera. Empty Arigatou ^^

Mensagem  Satoru Alice Dom maio 16, 2010 12:39 am

minna valeu por tudo Chuva de Primavera acaboumas agora
voces vao ter por ai mas uma historia minha essa se chama

Love B. Boys.

Espero que voces gostem ^^

Sore ja ne...
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Chuva de Primavera. Empty Re: Chuva de Primavera.

Mensagem  Ba_nightmare Dom maio 16, 2010 10:23 am

Eeee o/
essa ja foi boa
quero ver a proxima
^^
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Chuva de Primavera. Empty Re: Chuva de Primavera.

Mensagem  Hiromi Dom maio 16, 2010 11:55 am

muito mara
confesso que chorei T.T [tambemouvindoXcomsuasmusicasmelodicasqualquerumxD]
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Chuva de Primavera. Empty Re: Chuva de Primavera.

Mensagem  Ba_nightmare Dom maio 16, 2010 3:59 pm

Tb confesso q chorei muito
+ é linda a historia Adoreii
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Chuva de Primavera. Empty Re: Chuva de Primavera.

Mensagem  Satoru Alice Seg maio 17, 2010 2:53 pm

nhaaa que bom meninas

Love B. Boys sera muito engrassada e com um toque dramatico
mas sera um pouco mais serio quanto ao tema dramatico ^^

mas sera muito linda uma historia de superaçao ^^
espero o apoio de voces ^^
Satoru Alice
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Chuva de Primavera. Empty Re: Chuva de Primavera.

Mensagem  Hiromi Seg maio 17, 2010 3:03 pm

vai morre alguem? porque alice-san voce que nos avisar pra comprarmos mais lenços de papl xD

eu so a sua fã numero 1 \/
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Chuva de Primavera. Empty Re: Chuva de Primavera.

Mensagem  Satoru Alice Seg maio 17, 2010 3:13 pm

Calma Hiromi-chan nao vai morrer nenhum persongem principal pode ficar tranquila
mas pode comprar uns lencinhos e umas luvas de box por que vai ter personagem qeu voce vai querer
MATAR
nessa serie eu mesmo ja to assim ò.ó

mas pode ficar traqnuila que se tem um coisa que eu ODEIO e esse mania de ficar enrolando
pode deixar que voce nao vai ficar desejando uma trajedia pro personagem por muito tempo nao ta ^^

akakakakaka
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Chuva de Primavera. Empty Re: Chuva de Primavera.

Mensagem  Ba_nightmare Qua maio 19, 2010 3:39 pm

Eeee
ñ vai ter aquela inrolação pra morre pessoas
*nossa pareci uma psicopata falando*
axo q ñ vou querer matar ninguém
sou contra a violência
*ate parece*
Alice-chan posta logo essa fic^^
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